quinta-feira, 20 de maio de 2010

A PÁSCOA !!!





Ciclo: Intermediário 
TEMA: Ressureição
(Desenhos e adaptação de Maria R. de Amaral)
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Era Jesus um lindo menino de nove anos, que além de ser muito bonito fisicamente, era também muito bonito espiritualmente.
          À volta de sua cabeça, resplandecia uma luz branco-azulada de muito brilho.
          Suas pequeninas mãos e seus pés eram delicados e seus olhos profundos e bondosos conquistavam todos quantos dele se aproximavam.


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Nas brincadeiras de rua com os coleguinhas, era sempre gentil e usava as palavrinhas "mágicas" : obrigado, faça o favor, com licença, boa tarde, vá com Deus...
          Nunca dizia qualquer palavra desagradável ou deselegante, sabia ser agradável e amigo sincero.



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             Companheiro dos pais , sempre passeavam juntos: Maria, José e Jesus.
           Iam ao templo para as orações.
           Era um prazer ver a sagrada família: Mamãe, Papai e o Filhinho.





hist06_04.JPG (30195 bytes)        José era carpinteiro e sempre que podia, procurava transmitir a Jesus todos os conhecimentos que possuía, especialmente da sua profissão: José fazia uma cadeira e Jesus fazia uma cadeirinha, José fazia uma mesa, Jesus fazia uma mesinha...
           À tarde, quando as tarefas terminavam, Jesus recolhia as pequeninas sobras de madeira do chão para as brincadeiras de todo dia.
           Enquanto isso, Maria, sua mãe, com fios de linha, formava novelos para fazer as roupas de casa e ficava encantada com seu filhinho tão lindo e tão bom.
           Agradecia a Deus por isso.

hist06_05.JPG (32336 bytes)"Jesus no Templo com os doutores"
        Com pouco mais de nove anos, Jesus acompanhou seus pais a uma festa religiosa em Jerusalém. Entre a multidão de pessoas, perdeu-se de Maria e José.
        Procuraram por ele todo o dia e foram encontrá-lo no templo, depois de terminadas as cerimônias religiosas.
        Ali estava Jesus menino com todos os sábios e doutores da lei.
        Eles estavam atônitos com os conhecimentos de tal criança que sabia tanto sobre Filosofia, Ciência e Religião.
              Jesus conhecia de tudo.
              Falava dos astros, do céu e das ciências da Terra com tanta sabedoria e tal precisão, que os velhos de barbas brancas arregalavam os olhos e diziam uns para os outros:
              - "Mas de onde vem esse menino tão inteligente e sábio?"
              Quando seus pais o encontraram, levaram-no para casa.
              O tempo foi passando e Jesus tornou-se um jovem muito querido por todos.
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      Um dia, Jesus foi com sua mãe a uma festa de casamento; no meio da festa, Maria disse a Jesus:
         - "Filho, não há mais vinho para os convidados."
         Jesus mandou que os criados enchessem as jarras com água e então colocou sobre elas sua mão e as abençoou: a água se transformou e os convidados puderam saborear o mais gostoso e melhor vinho, como nunca houvera na região. Foi esse chamado o seu primeiro "milagre".
         Jesus sabia lidar com os elementos da natureza e, atendendo à sua vontade, os elementos químicos transformavam-se segundo as suas ordens.
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       Jesus retirou-se para junto do mar, bem longe da cidade, para orar e a multidão o acompanhou.
        Era quase meia noite e os discípulos pediram a Jesus que mandasse o povo embora, pois não tinham comida para alimentar a todos.
        Jesus então juntou uns pedaços de pão que sobraram em um dos cestos e, abençoando-os mandou que os discípulos distribuíssem entre as pessoas que ali estavam; mais de cinco mil pessoas foram alimentadas.
            Quem é que sabe fazer essas coisas?
            Só mesmo Jesus...
hist06_08.JPG (25707 bytes)       Já que falamos dos discípulos, vamos dizer os nomes deles e como Jesus os buscou: Pedro, André, Tiago e João eram pescadores.
         Mateus era coletor de impostos. Felipe e Bartolomeu, Thomé, Tiago ( filho de Alfeu ), Tadeo, Simão e Judas Iscariotes. Eram doze ao todo.
         Eram grandes companheiros de Jesus, de quem receberam poderes para curar e ensinar.


hist06_09.JPG (28317 bytes)      Jesus era grande amigo das crianças e os pais levavam os filhos para que ele os abençoasse.
         Os discípulos achavam que as crianças atrapalhavam e mandavam-nas embora. Mas "Jesus dizia: "Deixai vir a mim as crianças, porque delas é o reino dos céus".
         Dizia ainda: - "Aquele não receber o reino de Deus como uma criança, jamais entrará nele". Gostava de aninhar os pequeninos no seu colo, contava-lhes histórias e atendia a todas as crianças com um sorriso amável.
hist06_10.JPG (25888 bytes)      Uma vez, uma mãe aflita procurou Jesus para que seu filho, ainda pequeno, fosse curado.
         Dizia a pobre mulher que seu filhinho um dia caía na água, outra vez no fogo ou nas correntezas de um rio ou ainda nas profundidades de um precipício. Outras vezes era tomado de espíritos infelizes que o derrubavam no chão e o maltratavam.
        Jesus, orando, chamando a si o menino, tocou-o com as mãos e expulsou dele os espíritos sofredores. O menino ficou curado.
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       Jesus sempre ia ao jardim das oliveiras para orar. Era o seu recanto predileto. A paz, a natureza, o oxigênio, das plantas, a quietude do lugar, ali lhe permitiam entrar em comunhão com Deus. Pedia forças para poder ser um bom Mestre.
       Pedia a Deus a proteção para os viventes da Terra.


hist06_12.JPG (27338 bytes)         Mas as pessoas daquele tempo eram criaturas de pouca evolução e por isso maldosas e muito imperfeitas. E tudo o que Jesus dizia ou fazia escandalizava-as, principalmente aos sacerdotes e aos principais homens de Jerusalém, pois tudo para eles vinha de encontro aos interesses materiais. Jesus pregava a grandeza de espírito, a vida espiritual e o desapego às coisas materiais, o amor ao próximo.
             Por exemplo, eles gostavam das aparências, eram apegados à letra, enquanto eles consideravam o Sábado sagrado, Jesus curava nesse dia; Jesus atendeu a pecadora que em lágrimas procurou-o e lhe disse:               - "Quem não tiver nenhum pecado, que atire a primeira pedra".
            Eles eram orgulhosos, injustos e ignorantes.
            Mas o povo simples gostava dele. Os simples de coração, as criancinhas, os doentes, os atormentados e sofredores.
            No Domingo antes da Páscoa, Jesus entrou triunfante em Jerusalém e o povo cobriu o caminho de tapetes e flores.
           Jesus, montado em um jumento, atravessou as ruas de Jerusalém sob a alegria e satisfação do povo que o amava.
hist06_14.JPG (40708 bytes)      Jesus dizia aos seus discípulos que voltaria à vida, mostrando-se a seus amigos.
         E isto realmente aconteceu.
         Muitas pessoas viram Jesus envolvido em uma nuvem que foi subindo, subindo para o céu.
         Antes de sua partida ele disse que gostaria que todos fossem morar com ele. Prometeu que guardaria um lugar para cada um bem pertinho dele.


hist06_15.JPG (21763 bytes)        Pediu entretanto para seus discípulos que continuassem em sua obra na bendita seara do bem. Pediu também que progredíssemos na estrada evolutiva e subíssemos todos os degraus da perfeição, ajudando-nos uns aos outros e amando-nos como ele nos amou.
           A Páscoa significa ou quer dizer: Jesus voltando para a vida espiritual e eterna _ a verdadeira Vida!
         E nós ficamos contentes e com bastante esperança em podermos confiar em Jesus, o nosso Mestre.

Obs.- Ressurreição: ressurgir, voltar, aparecer.
         
Páscoa: passagem – dia da festa religiosa em que o povo judeu comemorava a redenção de Israel.

AMPARO À CRIANÇA
           SE NOS PROPOMOS A EDIFICAR O FUTURO COM O CRISTO DE DEUS, É NECESSÁRIO AUXILIAR A CRIANÇA.
          SE DESEJAMOS SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DO MUNDO, DE MANEIRA DEFINITIVA, É INDISPENSÁVEL AUXILIAR A CRIANÇA.
          SE BUSCAMOS SUSTENTAR A DIGNIDADE HUMANA,ABOLINDO A PERTURBAÇÃO E IMUNIZANDO O POVO CONTRA AS CALAMIDADES DA DELINQÜÊNCIA, É PRECISO PROTEGER A CRIANÇA.
          SE ANELAMOS A CONSTRUÇÃO DA ERA NOVA, NA QUAL AS CRIATURAS ENTRELACEM AS MÃOS NA VERDADEIRA FRATERNIDADE, EM BASES DE SERVIÇO E SUBLIMAÇÀO ESPIRITUAL, É IMPRESCINDÍVEL SOCORRER A CRIANÇA.
          ENTRETANTO, CONVENHAMOS QUE OS GRANDES MALFEITORES DA TERRA, OS FAZEDORES DE GUERRAS E OS VERDUGOS DAS NAÇÕES, VIA DE REGRA FORAM CRIANÇAS PRIMOROSAMENTE RESGUARDADAS CONTRA QUAISQUER PROVAÇÕES NA INFÂNCIA. E AINDA HOJE OS JOVENS TRANVIADOS HABITUALMENTE PROCEDEM DE CLIMAS DOMÉSTICOS EM QUE A ABASTANÇA MATERIAL NÃO LHES PROPORCIONOU ENSEJO A QUALQUER DISCIPLINA, PELO CONFORTO EXCESSIVO. URGE, POIS, NÃO SÓ AMPARAR A CRIANÇA, MAS EDUCAR A CRIANÇA E INDUZI-LA AO ESFORÇO DE CONSTRUÇÃO DO MUNDO MAIOR.
CANTO: PÁSCOA
( adaptação da música mexicana "Está chegando a hora")
Na Páscoa nos festejamos
A vida de Jesus
Que lá no céu foi morar, foi morar
Naquela estrelinha azul
Jesus, o anjo querido
Que pelo mundo passou
Nós somos as lindas crianças, crianças
Que ele tanto amou
Ensinava que os bichinhos
As flores e os passarinhos
Deviam ser bem cuidados, cuidados
Pois são nossos amiguinhos
Sentia muita pena
Dos pobres e dos pequeninos
De todos ele cuidava, cuidava
Com grande amor e carinho
Neste dia maravilhoso
O Mestre ressuscitou
Trazendo paz e alegria, alegria
E para o céu voltou
(letra e autoria de Tia Angelina)

A CASA DE MAZALU




Malba Tahan


Ciclo: Primário 
TEMA: Simplicidade
(Desenhos e adaptação de Maria R. de Amaral)

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     Era um sapo que se chamava Mazalu.
     Leia bem devagar: MA-ZA-LU. O sapo Mazalu vivia muito quito debaixo de uma pedra junto ao rio.
     

  
    
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      Certa manhã, o sapo Mazalu saiu a passeio e encontrou o seu amigo tatu. O tatu chamava-se Pavio.
        Leia sem se apressar: PA-VI-O .
        - Como vai, amigo Mazalu? Como tem passado?
        O sapo respondeu:
        - Vou bem, obrigado, amigo Pavio.
        Disse então o tatu:
        - Qualquer dia eu apareço lá por sua casa. Vou fazer-lhe uma visita. O sapo tremeu. E sabem por que? Ele não tinha casa. Morava embaixo de uma pedra num lugar frio e cheio de lama. Como receber a visita de um amigo tão elegante como o pavio?
         Depois de pensar uma pouco, o sapo respondeu delicado :
         - Apareça, amigo tatu, apareça. Vá um dia jantar comigo.
         - Está bem, amigo sapo. Brevemente irei passar a tarde em sua casa.
         Nesse mesmo dia, o sapo tratou de arranjar uma casa onde pudesse receber a visita do tatu. 
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      Ele ouvira dizer que uma ave chamada joão-de-barro fazia casas. E que casas bonitas! Mais bonitas que as casas feitas pelos engenheiros. Dali mesmo ele foi procurar o joão-de-barro.
        - Você pode fazer uma casa para mim, joão-de-barro ?
        O João-de-Barro respondeu:
          - Não há nada mais fácil. Farei para você uma casa muito bonita com portas e varanda. Custa só cem reais.


          - Está bem, respondeu o sapo. 
          E pagou os cem reais para o João-de-Barro. No dia seguinte o sapo foi ver a casa construída pelo João-de-Barro.
          Era muito bonita, bem feita e tinha porta e varanda . mas ficava muito alta, no galho de uma árvore e o sapo não podia chegar até lá.
          Mazalu foi obrigado a desistir da casa feita pelo João-de-Barro.
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     "Só a formiga saúva será capaz de fazer uma casa que sirva", pensou o sapo. "Vou falar com a formiga saúva".
       Mas a formiga morava em formigueiros horríveis onde não entra água.
       E a casa feita pela formiga saúva, não serviu ao sapo. Era pequena, muito seca e abafada.
       O sapo gostava de lugares úmidos e frios.




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    O sapo lembrou-se da velha coruja que passa o dia recolhida e só sai à noite para passear. A coruja sim é que sabe fazer casas magníficas. E o sapo resolveu comprar uma casa da coruja.
      Mas a casa da coruja não ia servir para ele; era um buraco feito no tronco de uma velha mangueira e o sapo, por mais que pulasse não conseguiria alcançar a porta de sua nova moradia.
         Pobre Mazalu! Mal sabia ele que casa de coruja não serve para sapo.



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     Muito triste, o sapo procurou o macaco que vivia a saltar pelas árvores.
       - Macaco, você pode fazer uma casa para mim?
       - Ora se posso! - respondeu o macaco.
       E sabe o que fez o macaco?



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    Arranjou um caixote sem tampo e desse caixote fez uma casa para o sapo.
      - Agora sim - disse o sapo - posso receber a visita do meu amigo tatu.
       Mas no dia da visita o tatu ficou muito triste. Não podia entrar na casa do sapo. O caixote era muito pequeno; ele não cabia lá dentro.


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       - Amigo sapo - disse o tatu - a casa é para mim pequena e desagradável. Pensei que você morasse debaixo de uma pedra junto ao rio. Era lá que eu queria jantar com você.
       Ao ouvir isso, o sapo ficou muito espantado. Tivera tanto trabalho e despesa para arranjar aquela casa e, no entanto, o tatu queria encontrá-lo como ele vivia, modesto e tranqüilo debaixo de uma pedra junto ao rio.
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       O sapo voltou para o seu lugar e lá recebeu muitas visitas . Cada vez que o tatu ia visitá-lo, levava um belo presente para o amigo.




          AQUELE QUE É FELIZ NUMA CASA MODESTA E POBRE NÀO DEVE INVEJAR O PALÁCIO DO RICO.
          VIVAMOS , POIS, COM SIMPLICIDADE E MODÉSTIA, POIS A FELICIDADE NÃO RESIDE NO LUXO NEM NA OPULÊNCIA!

QUADRINHAS
Era uma vez um Sapo
Que chamava Mazalu
E tinha um grande amigo
O Carpinteiro Tatu.
Mazalu morava quieto
Debaixo de grande pedra
Lá numa curva do rio
Bem pertinho da floresta.
Visitar o grande amigo
Era o sonho do Tatu
"Mas em casa tão estranha..."
Pensou logo Mazalu.
Seu amigo, o Macaco
Muito alegre e brincalhão
De um caixote fez a casa
O Tatu não gostou não. 
Terminada a confusão,
Disse o Tatu para o Sapo;
- A tua casa no rio
É que é bonita de fato!
Jantaram os dois amigos
Na maior felicidade
Aprendendo a lição
Que traz a SIMPLICIDADE


CANTO 
Sapo jururu ( MAZALU )
Na beira do rio
Quando o sapo canta, morena
Diz que está com frio
Eu vi um sapo
Na beira do rio
De camisa verde, ó lê lê
Ele não me viu
A mulher do sapo
Foi que me contou
Que o marido dela, ó lê lê
Era professor
Sapo jururu (MAZALU)
Na beira do rio
Quando o sapo canta, morena
É porque tem frio
A mulher do sapo
Deve estar lá dentro
Fazendo rendinha, morena
Pro seu casamento


A ESTRELINHA AZUL



Ciclo: JARDIM
Tema: HIGIENE


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    Certa ocasião, no céu grande e bonito, o Sol, depois de uma dia de muito trabalho, acordou a branca Lua e recomendou:
      - Amiga Lua, estou cansado e preciso dormir um pouco. Tome conta do céu e não o deixe ficar escuro
      
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         A Lua levantou-se sem demora. Bateu palmas e chamou as estrelinhas.
         - Depressa, meninas, dizia ela.   Depressa! Lavem-se ligeiro e escovem-se para brilharem bastante. Lembrem-se de que temos que tornar nosso céu claro e brilhante!
          As estrelinhas apareceram correndo e todas, muito alegres, começaram a lavar-se e a escovar-se. E, coisa maravilhosa, `a medida que se limpavam, brilhavam cada vez mais. E como ficavam lindas! 
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    Todas não: havia uma que estava feia, ainda muito suja! Era a Estrelinha Azul.
       A Lua logo que a viu, falou zangada:
       - Venha cá, Estrelinha Azul. Como é que você está assim tão suja, tão cheia de pó? 
          A Estrelinha Azul estremeceu de medo e respondeu atrapalhada:
          - É que ontem eu estava brincando de escorregar nas nuvens e fiquei cheia de poeira...
          - Ontem? Disse dona Lua mais zangada ainda. Que vergonha!...Então você dormiu assim?...Não faça mais isto!...E limpe-se depressa, que está muito atrasada.
          Estrelinha Azul saiu ligeiro de perto de dona Lua e, enquanto andava, resmungava:
          - Não gosto de me lavar!! Não gosto de me escovar!... Não quero andar limpa!
          - Não diga tal coisa! Falavam-lhe as amiguinhas. Não sabe, então, que quando estamos limpinhas nossa luz é vista da Terra? A estas horas todos lá devem estar olhando para nós, achando nosso céu lindo, lindo!
           Mas, nem assim a estrelinha quis ficar limpa e fugiu depressa, toda suja, procurando esconder-se de dona Lua.
           Escureceu mais ainda e o céu ficou cheinho de estrelas brilhantes. Entretanto, havia um cantinho escuro onde nada brilhava. Era o lugar da Estrelinha Azul Lá estava ela, mas tão suja, que ninguém podia ver a sua luz. E assim estava o céu, quando no meio da noite, passou o vento gritando:
           - Vai chover! Vai chover!
           - Depressa, depressa! Falou dona Lua às estrelas. Escondam-se atrás das nuvens para não se molharem. 
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      E as estrelinhas muito nervosas, corriam de cá para lá até ficarem bem escondidinhas na nuvem grande. 
        Dona Lua contou-as .Faltava uma! Quem será?...Estrelinha Azul! 
        Onde estaria ela? A cuidadosa Lua olhou para uma lado e para o outro. Nada! Não via coisa alguma...Então suspirou muito triste, procurando esconder-se também. Lá, no cantinho escuro do céu estava a Estrelinha Azul, com muito medo da chuva. Ela não queria molhar-se, mas não enxergava o caminho para voltar para sua casa, a nuvem grande.
            - Ah! Se a dona Lua me enxergasse, ela me buscaria! Dizia, chorando. Mas, assim como estou, ninguém me vê! Nunca mais eu ficarei suja, nunca mais!
            Nisto aconteceu uma coisa maravilhosa! Enquanto ela chorava, lágrimas foram escorregando pelo seu rostinho, lavando-o. E começou a brilhar e seu brilho foi se espalhando pelo céu. Do lugar onde estava, dona Lua viu aquela luz azul fraquinha e, toda contente, gritou bem alto:
            - Venha, Estrelinha Azul, aqui está a nuvem grande! Corra, a chuva vem chegando!!
            Estrelinha Azul, ouvindo a voz de dona Lua, olhou e viu a nuvem grande iluminada agora pelo seu brilho azulado. Correu depressa e escondeu-se bem escondidinha. E a chuva chegou, molhando tudo, no céu e na Terra. Enquanto chovia, a estrelinha foi depressa tomar banho e escovar-se para que brilhasse como as outras estrelas. Choveu, choveu muito.
            Quando parou de chover, a estrelinha saiu correndo de trás da nuvem grande. E lá na Terra, as pessoas olhavam para cima, e diziam:
            - Vejam a chuva parou e há uma estrela no céu. E como brilha!
            Logo as outras estrelas foram saindo de trás das nuvens e se espalharam no céu, brilhando cada uma em seu lugar. 
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     Porém, entre todas, a Estrelinha Azul chamava a atenção, pelo seu brilho diferente, de linda cor azulada.
       E, desse dia em diante, logo que levantava , a estrelinha dizia:
       - Limpinha eu sou. E com razão. Pois gosto da água. E do sabão!


  
VERIFICAÇÃO

1-Por que a Estrelinha Azul não brilhava como as outras estrelas?
2-O que aconteceu com ela, quando o vento disse que ia chover?
3-Como é que a Estrelinha Azul voltou a brilhar?


FIXAÇÃO: 
decorar a quadrinha


SUGESTÃO: canto ( música do Baião de Dois )
Motivação- ASSEIO


Eu lavo minhas mãozinhas
Na horinha de comer
E depois escovo os dentes
Paras não apodrecer
Corto sempre minhas unhas
Sou sadio e com razão
Pois adoro tomar banho
Com boa bucha e sabão
Ai, ai, ai
Como é bom andar limpinho
Com a roupa bem passada
E os cabelos penteadinhos
Ai, ai, ai....(repetir)


O PATINHO QUE QUERIA FALAR





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     Era uma vez um lindo patinho amarelo. Um dia ele saiu de casa bem cedinho e foi passear na estrada. A manhã estava clara, o céu azul e havia muitos animaizinhos passeando.





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    Não tinha ainda dado muitos passos e viu um gato engraçadinho. O gato que era muito bem educado, cumprimentou-o assim:
      - Miau, miau! 
      O patinho ficou encantado e disse:
      - Oh! Que modo bonito de falar você tem, Sr. Gatinho.     
      Quem me dera falar assim !
      - É muito fácil, patinho, respondeu o gato. Vamos experimentar?
      O patinho experimentou dizer "miau". Não conseguiu. Experimentou de novo, experimentou muitas vezes! Foi impossível!         Então falou:
      - É muito difícil, Sr. Gatinho! Isso não é conversa para patinhos! Despediu-se do gato e continuou a passear. 
c03.jpg (19118 bytes)                                                                                                          
   Foi andando, andando e encontrou-se com Dona Galinha Carijó.
     - Có, có, có, disse Dona galinha.
     O patinho ficou encantado:
     - Oh! Que modo bonito de falar a senhora tem, Dona Galinha!
      - Experimente falar assim, patinho.
      O patinho tentou imitar Dona Galinha. Fez tudo que pôde e nada conseguiu. Depois de algum tempo, já bem desanimado, falou:
      - Muito obrigado pela ajuda, Dona galinha, mas isto é muito difícil para patinhos.
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    Despediu-se de Dona Galinha e continuou o seu caminho. Andou, andou e entrou na mata. De repente, ouviu a voz mais linda do mundo:
     - Piu, piu, piu!...
     - O patinho ficou encantado!        Olhou para cima e lá estava, no galho da árvore, um lindo passarinho de penas coloridas.
     - Que modo de falar bonito você tem, passarinho! Quem me dera falar como você!
     - Experimente, patinho! Experimente falar assim!
     O patinho abriu o bico. Fez tudo que pôde para dizer "piu, piu, piu!". Foi impossível. Já estava desanimado. Despediu-se e voltou triste para casa. 
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   No meio do caminho encontrou Dona Pata.
     - Quá, quá, quá, disse a pata.
     - Oh! Mamãe, disse o patinho. Será que posso falar como a senhora?
     - Experimente, filhinho,experimente...
      O patinho abriu o bico. Que vontade de falar como a mamãe! E se não conseguisse?...Não falou como gato, nem como galinha, nem como passarinho. Será que poderia falar como pato? Fez um esforço, e...
      - Quá, quá, quá...
      - Muito bem, filhinho ! disse-lhe a mamãe , toda feliz.
      O Patinho ficou alegre, muito alegre. Depois, juntinho com a mamãe, voltou para casa e a todo instante, abria o bico para dizer mais uma vez:
      - Quá, quá, quá...


(DESENHOS E ADAPTAÇÃO DE MARIA R. DO AMARAL
TEMA- INCONFORMAÇÃO: ALEGRIA DE SER O QUE SE É)


A ÁRVORE TRISTE



    

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     Certa vez, existiu uma árvore que vivia sempre triste, porque de seus galhos jamais havia brotado uma flor.
     Só folhas. Uma abelhinha aproximou-se dela cantando:
                     
     - Zumm...zumm...zumm...Que árvore feia! Só tem folhas! E as flores, onde estão?

        

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         Sua companheira observou:
         - Aqui não fico, pois preciso levar um pouco de mel para minha colméia.



    

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     Vocês sabem o que é uma colméia?
     É a casinha das abelhas.        
     É ali que elas moram e fabricam o tão preciso mel.
     As abelhinhas são trablhadeiras, retiram o néctar das flores, que é um docinho que todas elas possuem.
            Depois levam esse néctar para a colméia e ali o depositam. Hoje, amanhã, depois...E vão formando o mel tão saboroso.
            Como é gostoso um favo de mel!
            Bem, voltemos à nossa história.

            A abelhinha continuou:
            - Como esta árvore não tem flores, vou-me embora.

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         Chegou em seguida, uma linda borboleta e, voando em torno da árvore, comentou:
       - Como é triste esta árvore! Não tem nenhuma flor! As flores é que alegram a vida...




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    Vocês sabiam que as borboletas põem ovinhos nas folhas das plantas, e desses ovinhos nescem uma porção de lagartas que um dia se transformam em lindas borboletas?


          Como é maravilhosa a natureza!

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         Vieram também alguns passarinhos, mas não gostaram de fazer seus ninhos na árvore sem flores, por isso não ficaram lá.



          A noite já vinha chegando, quando um menininho se aproximou da árvore.
          - Estou tão cansado que vou me deitar debaixo dessa árvore, disse o pequeno.
          Deitou e dormiu.

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    A árvore, no seu silêncio, pensou: "Como ele está cansado...Deve estar sentindo frio! Vou derrubar minhas folhas sobre ele, para lhe servirem de agasalho, assim ele não sentirá tanto frio."

           Quando amanheceu, o menino acordou e disse admirado:
           - Que vejo? Quantas folhas! Dormi tão bem...Como essa árvore é boa e generosa! Agasalhou-me com suas folhas!
           O menininho, muito agradecido, disse a árvore:
           - Você terá sua recompensa: vou transformá-la na árvore mais bela e alegre deste lugar.

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       E continuou:
       - Árvore, de hoje em diante, de seus galhos brotarão flores multicores, para que todos se sintam felizes!

        Voltaram as abelhinhas, a borboleta e os passarinhos, e todos disseram:
       - Como está bonita, perfumada e alegre! Você é a árvore mais linda que existe! Viremos sempre visitá-la!

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      E todos cantaram junto com as flores...




(OBS: Ao professor caberá acrescentar comentários mostrando a natureza como obra de Deus e ainda o respeito que devemos a ela.)

A ALEGRIA DE GERSON


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         Em uma casa muito simples, moravam dona Ana e "seu" Flávio, com 4 filhos.
         O mais velho era o Gerson, que estava com 9 anos de idade.


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      "Seu" Flávio estava doente e não podia se levantar da cama. Por isso, dona Ana trabalhava como lavadeira para manter a casa, comprar os remédios, a comida e agasalhos para o marido e os filhos.

   


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            Gerson era quem mais ajudava a mamãe. Tomava conta dos irmãos menores.


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        Fazia também a entrega de roupas para as freguesas.


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      Às vezes, ficava na esquina do armazém com uma caixa de engraxate, limpando os sapatos das pessoas para ganhar algum dinheiro.
       Ele era esforçado, trabalhava com alegria e estava sempre sorrindo, mostrando os dentes brancos e cantando as canções que aprendia na escola ou com a mamãe.

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      Era ele que, à tardinha, dava banho nos irmãos e dizia:

      - Vamos, garotada! Está na hora de tirar a sujeira!
     Gerson deixava-os limpinhos e com a roupa trocada, e isso alegrava muito dona Ana.


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    Quando um irmãozinho ficava doente, era ele que marcava direitinho as horas de dar o remédio, verificar a febre e, fazia tudo tão cuidadosamente, que parecia mesmo um doutorzinho. Enquanto isso, sua mãe estava no tanque, lavando as roupas das freguesas.

           Com todas essas ocupações, Gerson achava tempo para tudo: brincar, trabalhar e estudar.
               Sua família, às vezes, passava dificuldades, quando o dinheiro de dona Ana era gasto em remédios para o "seu" Flávio, que parecia já estar mehorando.

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    O tempo foi passando e se aproximando o Natal, quando as lojas ficam enfeitadas e quase todas as crianças esperam um presente ou uma surpresa.

         Mas, dona Ana não podia comprar nem enfeites nem doces, bolos ou presentes para seus filhos, no Natal.



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          Na véspera de Natal, ela chamou o filho  mais velho e disse:

           - Gerson, por favor vá entregar essas roupas à dona Geni e veja se ela pode adiantar o pagamento.
          - Pois não, mamãe. Já estou indo...
          Pelo caminho, Gerson pensava: "O dinheiro que vou receber é pouco e o Natal é amanhã. Mamãe não poderá comprar enfeites, bolos, nem brinquedos..."


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   Quando chegou à porta, bateu e foi atendido por uma senhora.

        - Dona Geni, vim trazer a roupa que a senhora mandou lavar.
        - Entre Gerson, venha cá até a sala.
           Ao chegar à sala, viu uma mesa enorme, toda enfeitada com pratos e salgadinhos e até umas bolas coloridas!...
           - Que beleza! Nunca vi coisas tão bonitas!...
           - Pegue, Gerson. Sirva-se do que quiser - falou Dona Geni.
             -Não, muito obrigado...
            Dona Geni insistiu para que ele se servisse, mas o pensamento do menino estava em casa: nos irmãozinhos e nos pais, que gostariam de comer aqueles doces gostosos.
           Gerson preferia ficar sem experimentar um doce sequer, a comer sem levar nada para os seus.
           Enquanto esperava Dona Geni voltar à sala, ele pensou: "Será que ela se lembrará de dar o dinheiro da roupa? E se ela esquecer? Se ela der, poderemos ter um Natal melhor..."
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     Quando Dona Geni apareceu, trazia nas mãos um pacote bem grande com um lindo laço colorido.

          - Gerson, leve este pacote para casa.
         "Como pesa! O que haverá dentro?" - pensou o garoto.
          Dizendo "muito obrigado" e desejando Feliz Natal à Dona Geni, Gerson tomou o caminho de volta. Com o coração cheio de alegria, tentou correr para chegar mais depressa, porém não conseguiu, devido ao peso do pacote.
         Como sua família ficaria feliz com aquele presente!
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    Ao chegar em casa, a surpresa foi geral e a alegria da família, enorme.

       Foi uma festa, todos ajudaram a abrir o pacote. Foi a mamãe quem tirou a surpresa da caixa:
         - Oh! Um lindo bolo de chocolate!
         - Há mais coisas, papai, ajude-me a tirar! Uma bola! Um trenzinho!...
         - Uma boneca! Um caminhãozinho!... - disse a irmãzinha.
        Todos cantaram e comeram uma fatia do bolo que Dona Geni tinha dado. A mamãe pediu a Deus que abençoasse a boa senhora.
        E assim foi feliz o Natal de Gerson!

(Adapatação feita pelo Departamento da Infância e Juventude da Federação Espírita do Estado de São Paulo)